01/04/18

Nepal (a chegada a Chitwan)

Depois de uma noite de trovoada intensa (foi a única vez que choveu) saímos em direção a Chitwan eram 5.30h da manhã. A chuva acalmou a poeira dos 180km de estrada em terra batida mas aumentou os buracos e como tal, os solavancos. Foram 7 longas horas de viagem em autocarro, numa estrada que ao fundo das ingremes ravinas era acompanhada pelo rio. Foram centenas, os camiões Tata decorados de forma exuberante  que se cruzaram por nós, muitos deles em ultrapassagens completamente descontroladas mas que, ainda estou para perceber como, acabavam sempre por funcionar!  Ali não há grandes regras no trânsito, se a largura da estrada o permitir é fácil vermos 3 ou 4 filas de trânsito em simultâneo. É o salve-se quem puder!
Confesso que não foi a viagem mais agradável da minha vida, mas deu-me outra perspetiva da vida no Nepal, e valeram cada solavanco assim que chegamos ao Parque Nacional de Chitwan. Neste parque que é considerado património da humanidade, existem diversos tipos de animais selvagens como o rinoceronte asiático, urso preguiça,  Tigre de Bengala (que infelizmente não conseguimos ver)  alguns deles que já estiveram em vias de extinção e graças a este parque que envolvendo a comunidade local, desenvolveu sinergias de forma a proteger as mais diversas espécies no seu habitat natural.
A primeira experiencia aconteceu logo depois do nosso almoço buffet. Fomos levados em jipes e depois de atravessarmos longos campos de bananeiras, deparamo-nos com os elefantes que estavam à nossa espera para nos proporcionarem um safari pela natureza em todo o seu esplendor.
O elefante é um animal enorme, obviamente que causa algum receio, incrivelmente embora tenha tido consideração pela sua grandeza, não senti medo. Consegui facilmente tocar-lhe e mostra-lhe o meu respeito.
O safari de elefante foi idêntico à nossa viagem de autocarro devido à turbulência, mas foi uma aventura muita completa. Fomos em silencio, apreciando a natureza, vimos bem de perto inúmeras espécies que estavam naturalmente e tranquilamente no seu lar. Foi um momento de encontro com a natureza, coisa que pouco faço e por isso soube bem puder parar, respirar, aproveitar e tomar consciência que estava no Nepal em cima de um elefante.






Regressamos ao Lodge ao final da tarde, sentamo-nos no jardim à beira rio e enquanto esperávamos o pôr do sol, experimentamos as verdadeiras taças tibetanas e é incrível sentir como aquele som nos altera até o bater do coração.  No meio disso, fomos fazendo partilhas de vida uns com os outros, em pouco mais de 24 horas juntos já havia uma ligação tão forte que pareciam semanas. Mas o ponto alto do dia aconteceu depois do jantar. O Luís reuniu o grupo e sugeriu que todos tomassem consciência e que partilhassem qual o ponto alto do dia, a situação que mais marcou, aquela que queremos guardar nas nossas memorias. Em verdade, e agora que penso nisso é uma coisa básica e que facilmente podíamos encaixar nas nossas vidas normais e que iria fazer toda a diferença, como aliás fez nesta viagem! Perceber o ponto de vista de cada um, sentir a entrega e ouvir um pouco da historia deles foi muito inspirador. Esta viagem foi ainda mais especial graças a esta entrega, este lavar de alma e tomada de consciência profunda, sem mágoas, sem rancores, sem rótulos ou avaliações! Decidi que quero isto para a minha vida!


















2 comentários:

  1. Adoro elefantes, no entanto o lugar deles não é a carregar pessoas :( mas de resto adorei as fotos :D beijinhos

    https://amaria-do-mar.blogspot.pt/

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  2. Que bonito! Eu sou apaixonada por elefantes! São tão bonitos e preciosos!! *-*

    Blog: http://bolacha-mariaa.blogspot.pt/
    Projeto: http://ajudaoplanetaesalvaomundo.blogspot.pt/

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