28/03/18

Welcome to Kathmandu


Depois de demonstrar interesse em fazer uma viagem a uma das minhas tias, ela, numa espécie de convite disse-me: - "estou para ir ao Nepal, queres vir?
Foi durante a hora de almoço e eu estava debruçada na mesa onde ela acabava de almoçar! Nesse preciso instante eu respondi que sim!
No dia seguinte liguei ao Luís e formalizei a inscrição e 2 dias depois estava a caminho de Sintra para a reunião do viajante onde percebi que viajar com a Zen Family  provavelmente ia ser completamente diferente. Soube logo que ia ser uma viagem muito especial, mas estava longe de imaginar que se tornasse na viagem da minha vida.





No dia 15 de março, aterrámos em Kathmandu depois de mais 12 horas de voos. Connosco, vinda diretamente da India veio ter uma rapariga. Tinha pele morena, cabelos longos, caracóis selvagens e com madeixas do sol. De havaianas nos pés e, às costas transportava um mochilão quase tão grande como ela! Irradiava uma luz muito própria que me cativava e inspirava de alguma forma, mal sabia eu....naquele momento só me passou pela cabeça que um dia também haveria de andar a viajar de mochila às costas!
Chegámos numa enorme euforia, que aumentou assim que avistámos os  mentores deste nosso périplo. Esperavam por nós à saída do aeroporto, vestidos a rigor de saris e a hastear a bandeira Nepalesa . Fomos levados para o hotel e no caminho já conseguia sentir os poros a dilatar na tentativa de absorver o máximo que o meu corpo e olhos conseguissem. "Somos ricos só por nascer na Europa" proferiu o nosso Luís enquanto nos dava um banho de bom senso! Agora também já posso afirmar com clareza essa dita riqueza. Que nunca tenhamos dúvidas que somos uns ingratos privilegiados!
Já no nosso hotel, onde fomos recebidos com generosos sorrisos acompanhados de um Namaste e um sumo de manga natural. Largámos apressadamente as malas e fomos para as ruas. Almoçamos numa charmosa esplanada escondida, onde cada um de nós recebeu pela mão do Luís uma Japamala (uma espécie de rosário usado nas tradições orientais como hinduísmo e budismo para contar o número de vezes que um mantra é recitado, contar as respirações feitas durante a meditação, e também para a proteção contra energia negativa). Embora as famosas ruas de Thamel sejam bastante agitadas, a sensação é de segurança. Thamel é o Chiado lá do sítio e por isso não achem estranho se aqui a rua está pavimentada. Há muitos turistas, locais e comerciantes, bicicletas e motos, há um encanto especial entre as lojas de relíquias antigas, roupas, Mandalas, imagens dos inúmeros Deuses e Deusas, chá, incenso e vendedores ambulantes de fruta,  tudo isto debaixo de um sem fim de bandeirolas coloridas com mantras e orações Tibetanas. Voltei ao hotel umas horas mais tarde com uma taça Tibetana que embora regateada foi comprada acima do valor, mas a simpatia do senhor que tanto persistiu em conseguir ensinar-me a fazer os sons com a taça, que não me importei de pagar esse valor. Jantámos uma sopa e um tofu divinal que quase me fizeram converter em vegetariana nesta viagem ou não fosse uma das nossas lideres a querida Daniela da Biofamily que escolheu cuidadosamente todas as nossas refeições de forma saudável e consciente, respeitando a gastronomia local.
Senti-me muito viva enquanto caminhava sozinha nas ruas de Thamel na direção da minha tia que se desorientou nas labirínticas e estreitas ruas e me ligou a pedir ajuda!
Os Nepaleses são um povo humilde e de sorriso fácil, inevitavelmente também eu coloquei o meu melhor sorriso e cumprimentava cada pessoa que por mim passava! Fomos para a cama cedo, tínhamos um longo dia pela frente, mas conto o resto amanhã ou depois. Para já deixo aqui os meus primeiros registos fotográficos. Espero que gostem!


















2 comentários: